Cada vez mais comuns são as alterações orais que acontecem na Língua Portuguesa. Além destas, a oralidade também acaba influenciando – e atrapalhando – os falantes do idioma na hora de passar expressões do cotidiano para a escrita. Abordarei neste artigo alguns erros comuns, e que vêm acontecendo com cada vez mais frequência em registros escritos do idioma:
HEIN
A interjeição usada para expressar dúvida, incompreensão ou resposta a um chamado vem cada vez mais sendo grafada erradamente pelos Brasileiros. As grafias mais comumente usadas são “heim” e “em“. A grafia correta, HEIN (com H mudo no início e N no fim), pode ser conferida no VOLP (Vocabulário Ortográfico de Língua Portuguesa), confeccionado pela Academia Brasileira de Letras.
NADA A VER
Expressão comum na linguagem oral, ao ser transferida para a escrita acaba confundido quem a usa. A escrita “nada haver” é incorreta, e “nada a haver” possui sentido diferente. Deixando de lado as tecnicidades do assunto, vejamos o seguinte raciocínio:
Quando uma coisa não tem nada a ver com a outra…
ela não tem nada a ser visto em relação à outra…
assim não tendo nada que se pareça com a outra.
Nada haver significa não existir nada.
Ex.: Ficou assustado por nada haver dentro da casa.
Já nada a haver sigifica nada ter a receber.
Ex.: Com a abertura do testamento ele não terá nada a haver da herança.
DE REPENTE
Erro tão simples quanto amplamente cometido. É incorreto escrever derrepente, já que a expressão utiliza a palavra repente, que significa “dito ou ato repentino, movimento impulsivo (…)“.
Espero ter sido claro.
Até a próxima. 🙂