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O fato da escrita em Inglês ser bem mais baseada na linguagem oral do que o Português, que é guiado por regras, tende a dificultar a vida dos falantes da segunda na hora de aprender a pronúncia da primeira. Uma disparidade peculiar encontrada no ensino da pronúncia do Inglês tem relação com a letra s, que acaba pegando de surpresa os falantes do Português, tão acostumados às regras.
Isso porque, em Inglês, o s pode assumir o som sibilado equivalente ao ss por Português (como em soft), ch (como em sure), z (como em closet), j (como em television), e ainda ser mudo (como em island). O problema é que, como eu disse no primeiro parágrafo, não há uma regra, como no Português, para se saber a pronúncia. É preciso realmente conhecer as palavras.
E é aí que mora o inimigo, já que não é incomum presenciar professores de Inglês ensinando a pronúncia errada do idioma, seja por puro desconhecimento, ou por ser mais fácil associá-la aos sons do Português do que tentar quebrar paradigmas. É o que acontece, por exemplo, com a palavra basic, comumente ensinada como bêizic, embora sua pronúncia correta seja bêissic.
Pior ainda é quando a pronúncia depende do sentido da palavra dentro do contexto, como é o caso da palavra house. Isso porque ela pode significar, quando substantivo, casa, ou, quando verbo, abrigar, hospedar. No primeiro caso o s é surdo (ráus); no segundo, é sonoro (ráuz). Aqui também ocorre erro no ensino, pois, embora o sentido geralmente ensinado seja o primeiro, a pronúncia atrelada a ele é a segunda.
O mesmo ocorre com close, que é pronunciado clôus quando significa próximo ou parecido, e clôuz quando é verbo fechar ou terminar ou substantivo término.
O ideal é sempre estarmos em contato com a língua falada, seja em filmes, música ou programas da TV a cabo e, além disso, termos um bom dicionário, que traga a pronúncia associada à palavra, para os casos de maior emergência. E lembre-se: para sermos bons falantes é essencial que sejamos bons ouvintes.