Uso dos Pretéritos

Se preferir, assista ao vídeo sobre o assunto:

Lembra aquela aula de Português em que você teve que aprender a conjugar verbos? Você já se perguntou alguma vez para que servem tantos pretéritos? Qual é a diferença entre Pretérito Perfeito, Pretérito Imperfeito, Pretérito Mais-que-perfeito?
Neste post eu vou falar justamente sobre isso. É muito mais simples do que parece.

Vamos começar pelo mais fácil: o Pretérito Perfeito, que antes dele ganhar esse nome tão rebuscado, a gente aprende simplesmente como Passado. Ele serve, como o próprio nome diz, pra expressar algo que aconteceu no passado, e a principal característica dele é não dizer muito além disso. Aconteceu no passado.

Quantas vezes? Não importa! Só importa que aconteceu no passado. Então quando eu digo “eu assisti TV”, eu estou dizendo que, em algum momento da minha vida, nem que tenha sido uma única vez, eu assisti TV. Obviamente a gente pode completar as informações com advérbios de tempo. Mas o verbo em si só indica que aconteceu no passado.

O mesmo não se aplica ao Pretérito Imperfeito. Nele, além de expressar um acontecimento no passado, eu indico que o acontecimento foi rotineiro, ou seja, acontecia com certa frequência.

“Eu assistia tv.”

Mas o mais importante, e geralmente menos utilizado, vem agora: o Pretérito Mais-que-perfeito.

Você já usou ele alguma vez na vida? Eu tenho quase certeza que não! Mas poderia ter usado. Ele é muito comum em livros, relatos, crônicas… muito mais presente na norma culta.

Mas pra que ele serve de fato?
Ele serve pra expressar o passado do passado.

Complicou?

Na verdade, não. Ele é equivalente às locuções verbais “havia feito”, que é mais culta, ou “tinha feito”, que é mais popular.

Dá uma olhada nesta frase: “Eu comi o bolo que você tinha comprado.”

Obviamente você poderia dizer simplesmente “eu comi o bolo que você comprou.” Mas, se você realmente parar para pensar, a primeira frase dá mais a entender que uma pessoa comprou um bolo em algum momento, e outra comeu este bolo em outro momento posterior. Já a segunda da a ideia de que uma comprou e a outra comeu logo.

Concorda?

Pois é exatamente no lugar de “tinha comprado” que eu poderia usar o Pretérito Mais-que-perfeito: “eu comi o bolo que você comprara.”

É exatamente por representar o passado do passado que este costuma aparecer em livros. Como geralmente as narrativas acontecem no passado, ou seja, o narrador fala sobre eventos que já aconteceram, o autor, para deixar claro que algo aconteceu num passado ainda mais distante, usa o Pretérito Mais-que-perfeito.

Estudara em várias escolas, das mais distintas classes sociais, até que decidiu que aquilo não era para ele.”

Espero que você tenha gostado.

Um abraço!



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